Lião, 16 de outubro de 1836.
Senhor:
A sra. Barmondière, sob os auspícios de Sua Excelência o arcebispo, desejaria estabelecer a escola para meninos, em Anse. Ela já comprou casa para realizar o seu projeto. Ela quereria que essa escola fosse confiada aos vossos dignos Irmãos. No seu nome venho pedir-vos dois Irmãos para esse estabelecimento. Podeis concordar com o pedido? Bem entendido, cumpriremos as condições que colocais para semelhante ocorrência.
Tende a fineza, senhor, de me dar a conhecer, quanto antes, se o pedido da sra. Barmondière, essa mãe das boas obras, será atendido e em que tempo as suas intenções poderiam ser satisfeitas. Ademais, espero que tenhais a bondade de indicar-me as condições a que estaremos sujeitos para formar semelhante estabelecimento.
Aceitai a segurança da consideração respeitosa com que tenho a honra de ser, senhor, o vosso dedicado e obediente servidor, MONDELERT.
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Notas
Na localidade de Anse, a escola dos Irmãos foi iniciada em novembro de 1837. A sua fundação deveu-se à generosidade de Madame de la Barmondière, rica senhora, que destinou boa parte dos seus haveres em benefício de obras educativas. O sr. Mondelert era o administrador, encarregado de gerir os seus bens. É ele quem escreve esta carta ao Pe. Champagnat, fazendo a oferta da escola e solicitando Irmãos. Não temos a resposta do Pe. Champagnat, mas sabemos que foi positiva. Mais adiante encontraremos outras duas correspondências relativas à escola de Anse; uma do sr. Mondelert, que completa os acertos financeiros com o Pe. Champagnat (Carta nº 105) e outra do pároco de Anse, Pe. Chaumont, que descreve a casa preparada para os Irmãos (Carta n° 137).
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AFM 129.85