Belley, 22 de junho de 1837.
Meu caríssimo confrade:
O Irmão Paulin pede que eu me empenhe junto a vós em favor dele. Respondi-lhe que ele devia tratar esse assunto com o seu superior imediato. Disse-lhe que eu não o consideraria da Sociedade, enquanto vós não o recebêsseis. Vede o que pensais realizar. Ele parece muito arrependido. Não acredito que seja pessoa extraordinária.
Apresentou-se um rapaz de 15 anos, mano de duas religiosas de Bon Repos. Penso que vo-lo enviarei. Ele poderá pagar o noviciado. Teria gostado muito de que me tivésseis escrito a respeito do filho mais velho do sr. Villot; o que ele faz, se estais contente com ele, o que pensais dele. Procura-se um lugar para ele e espero não deixá-lo convosco por muito tempo. Tende paciência. Se encontrardes lugar para ele, podereis avisar-me. O bom Deus recompensará a vossa caridade.
Os Irmãos vão como de costume e vos mandam saudações. Parece-me que não tomais bastante cuidado com a própria saúde. Tratai de observar melhor esse ponto. As minhas saudações ao Pe. Terraillon.
Tenho a honra de ser, com respeito, o vosso muito humilde e obediente servidor, COLIN.
P.S. Todos os confrades de Belley vos abraçam.
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Notas
O Pe. Colin continua com o seu projeto dos “Irmãos coadjutores” para o serviço dos padres maristas, novo ramo dentro da Sociedade de Maria. Apesar da diversidade da missão, em confronto com aquela dos Irmãos Maristas, enviava ao Pe. Champagnat os seus candidatos, para que passassem pelo noviciado de l’Hermitage. Isso tudo causava dissabor ao Fundador, pela compreensão distinta que nutria a respeito da missão dos Irmãos (Cartas n° 32, 33, e 62). Neste texto o Pe. Colin refere-se a alguns dos seus candidatos, pedindo notícias de um que estava em l’Hermitage, dando informações sobre outro, que cogitava enviar para lá e pedindo ajuda para resolver o problema de um terceiro, que já atuava na comunidade de Belley.
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AFM 122.19