Lyon, 18 de janeiro de 1836.
Muito estimado Pe. Champagnat:
Não venho relembrar-vos todos os mo- tivos importantes que me determinam a apoiar a escola de Semur. O sr. vigário vo-los fará valer; mas é urgente que se aproveitem as boas disposições do Conselho municipal e se tolha a chegada de professores leigos.
Faço questão de secundar, nesta ocasião, os planos de Sua Excelência o bispo de Autun e o zelo pastoral do venerando Pe. Bonardel pela instrução cristã dos meninos da sua paróquia. Tende a fineza, portanto, de dar-lhe, quanto antes, dois bons elementos.
Tenho a honra de ser, com o mais respeitoso afeto, meu muito querido Pe. Champagnat, o vosso muito humilde e de todo dedicado, CHOLLETON, vigário geral.
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Notas
O Pe. Jean Cholleton, um dos vigários gerais da arquidiocese de Lião, sempre mostrou simpatia pela Sociedade de Maria, relacionando-se amiúde com o Pe. Colin e com o Pe. Champagnat. De 1833 a 1836 foi encarregado dos interesses dos padres maristas junto à arquidiocese, tendo desempenhado papel importante na comunicação com Roma, durante o processo de aprovação pontifícia da Sociedade de Maria. O Pe. Cholleton entrou no ramo dos padres maristas em agosto de 1840. Nesta carta intervém em favor do Pe. Bonardel, pároco de Semur, apoiando seu pedido de Irmãos para a escola local. O Pe. Champagnat, que vinha contemporizando na resposta, diante dessa intervenção do vigário geral, não tem como recusar, de modo que, em Semur, a escola dos Irmãos iniciou no final daquele ano de 1836.
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AFM 129.19