Carta de Pe. Jean-Baptiste Pompallier a Marcelino Champagnat

Jesus e Maria.
Lião, 14 de fevereiro de 1833.

Senhor Superior:

Valho-me da oportunidade do Pe. Terraillon para vos enviar a presente. Há com o Pe. Decours 2.400 francos, que vos devo e, como sabeis, 600 francos estão com o sr. pároco de St. Polycarpe, o que perfaz 3.000 francos. Mas os 600 francos do sr. pároco estão lá como depósito, até que o sobrinho Duplessi venha ou envie procuração para tratar com o tio de maneira legal e formal, diante do tabelião. Parece-me que se deve regularizar essa pendência sem demora e a título definitivo. Se pudésseis enviar em breve 3.000 francos, quitaríamos metade da dívida que o Pe. Décours administra; seria boa coisa. Enquanto aguardo as vossas determinações e ordens, deixo tudo depositado no tabelião.

O negócio da requisição particular, cujo assunto conheceis, vai muito bem. Parece-me que em breve veremos o feliz resultado. Rezemos muito à Santíssima Virgem.

Falei com o Pe. Cattet no sentido que me tínheis indicado, no concernente ao Pe. Forest, mas parece que tudo estava decidido por cartas anteriores à vossa chegada e às vossas instâncias. O Pe. Séon, mediante correspondência com o arcebispado, estava provido de todos os meios, o que mostra que a vontade de Deus era que o Pe. Forest devia ir a Valbenoîte. Adoremos os seus desígnios. Para os que amam a Deus, tudo coopera para o bem.

Nesses sentimentos, rogo-vos que aceiteis as homenagens do meu respeito e dedicação.

O vosso muito humilde e muito obediente servidor, POMPALLIER, padre.

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Notas
Conforme as informações iniciais, esta carta foi trazida em mãos pelo Pe. Terraillon, que estava de passagem por Lião e que retornava à sua Paróquia de Saint-Chamond. Trata de empréstimos e arranjos financeiros referentes a negócios dos quais não se tem maiores informações. Quanto à “requisição particular”, conhecida somente pelos dois (Pe. Champagnat e Pe. Pompallier), talvez fosse a insinuação, no arcebispado, para que os assuntos referentes à Sociedade de Maria ficassem sob responsabilidade do Pe. Cholleton, em vez do Pe. Cattet. A carta alude também à transferência para Valbenoîte do Pe. Forest que, por certo tempo, o Pe. Champagnat tinha conseguido manter como ajudante em l’Hermitage.

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AFM 126.02

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