Carta de Marcelino – 338: Monsieur Jean François Régis Peala, Curé de Tence

Senhor Pároco,

Quando insinuamos que as condições estabelecidas com Craponne poderiam servir de base ao convênio que podemos fazer com o município de Tence, não tivemos em mente afirmar que seriam exatamente iguais. A cidade de Craponne ofereceu um local adequado para receber um grande número de internos com uma mobília suficiente para isto. E tem mais: O estabelecimento se encontra na posição de receber um grande número de internos. Como a cidade de Tence não pode oferecer-nos as mesmas vantagens, é indispensável modificar o convênio feito com a cidade de Craponne, para adaptá-lo às condições de Tence.

1. Não podemos mandar para Tence menos de quatro Irmãos.

2. Em vista disto, é condição essencial que o município se comprometa a garantir um pagamento de 1.600 francos anuais.

3. Que não reserve nenhuma porcentagem do que pagarem os internos, se houver; nem dos alunos das paróquias vizinhas, caso se apresentem alguns.

4. Não vemos que o estabelecimento seja viável; as escolas não são gratuitas, como deveriam ser pelo menos em parte, conforme lhe explicamos na última carta.

É importante que nos entendamos sobre esses diversos pontos e que cheguemos a um acordo, tanto quanto possível. Quanto mais vivência vamos adquirindo, mais sentimos a necessidade de ter de antemão uma garantia do pagamento dos Irmãos, por modesto que seja. Sabemos por experiência que somente as escolas gratuitas na sua totalidade ou pelo menos em boa parte são as que se sustentam e conseguem sobreviver.

Tenho a honra de ser, com o mais profundo respeito etc.

Champagnat

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Notas

As condições das quais se fala na Carta no 335, na realidade não se adaptaram bem à cidade de Tence. Como foi anotado atrás, os Irmãos demoraram um século para aparecer e atuar naquela cidade.

Antes de nós, foram os Irmãos do Sagrado Coração, que lá permaneceram até 1903, quando as leis sectárias de Combes expulsaram da França os religiosos dedicados ao ensino. Retomaram as atividades em 1917, permanecendo até 1938. Foi então que os Maristas continuaram a ministrar a educação cristã aos meninos da quarta e quinta gerações.

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Daprès la minute, AFM, RCLA 1, p. 187, nº 233

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