Carta de Marcelino – 212: Monsieur Jean François Régis Peala, Curé de Tence

Senhor Pároco,

Estou vendo que não nos será possível dar-lhe Irmãos na próxima Festa de Todos os Santos. Além disto, o senhor está sabendo que o senhor bispo de Puy não quer que abramos esta escola antes de estabelecer-nos em Craponne.

É absolutamente necessário que as repartições sejam acondicionadas e distribuídas em uma ordem condizente com o nosso método de ensino. Sendo assim, penso que será bom que o senhor, antes de fazer essas modificações, espere que tenhamos ido aí ver o local.

Esteja certo, senhor Pároco, que nós não esqueceremos seu estabelecimento. Estamos dispostos a empenhar todos os nossos esforços para que o senhor fique servido no mais breve tempo possível.

Digne-se aceitar os sentimentos de estima e de respeito com que tenho a honra de ser, senhor Pároco, seu servo muito humilde e obediente,

Champagnat

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Notas

Este mesmo pároco tinha pedido Irmãos para Tence, no ano anterior. Interveio depois o bispo de Puy, pedindo ao Padre Champagnat de fundar uma escola primeiro em Craponne, localidade muito mais importante do que Tence (cf. Carta n.º 192).

Foi muito firme o senhor Bispo, dizendo: Se o pároco de Tence insistir, diga-lhe que eu me oponho formalmente a que os Irmãos de Maria se estabeleçam primeiro em Tence.

De posse desta decisão, Champagnat procura ganhar tempo. Quer primeiro visitar o local, preparar bem os Irmãos que Dom Maurice De Bonald quer para Craponne, que começou em 1839 (cf. Carta no 190), ao passo que Tence ficou na promessa (cf. Cartas no 283, 335 e 338). Muito tempo depois foram para lá os Irmãos do Sagrado Coração, aos quais sucederam os Maristas em 1938.

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Daprès la minute, AFM, RCLA 1, p. 99, nº 114

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