Carta de Marcelino – 176: Fr. François (Gabriel Rivat)

Paris, 12 de março de 1838, Missões Estrangeiras, rue du Bac, 120.

Meu caríssimo Irmão,

Nossas questões, sempre na mesma. Não sei que estímulo usar para que andem mais depressa. Deus seja bendito! É logo agora que não vou deixar de repetir: Super flumina Babilonis.

Por outra, poderia considerar-me feliz nas minhas condições, tendo pouco que fazer e estando de muito boa saúde. Esta Quaresma vai passar sem que me dê conta. O que me incomoda, e é mais que suficiente para estragar tudo, é a estagnação acabrunhadora em que se acham as coisas que acompanho. Mais uma vez: Que Deus seja bendito!

Que faremos com a convocação ao serviço militar? Não tenho a mínima idéia, como você pode bem imaginar.

Da mesma maneira como me mandou os exemplares da Règle, mande-me um breviário pars verna.

Vou mandar o Irmão Marie Jubin para a École Mutuelle dos surdos-mudos. Tenho a intenção de ir lá pessoalmente quando puder. É essencial que não percamos tempo.

Mil recomendações a todos os queridos Irmãos. Você bem que está vendo quanto necessito de orações.

Tenho a honra de ser seu dedicado pai em Jesus e Maria

Champagnat

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Notas

Carta mais resumida que marca uma tomada de fôlego do Padre Champagnat, após tantas visitas. Entrevistou todos os personagens que podiam fazer com que o processo andasse. Agora, é só ter paciência e esperar confiante em Deus.

Mesmo nesta estagnação, a preocupação de Champagnat é de não ficar à toa. Interessa-se pelo problema dos surdos-mudos.

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Daprès lexpédition autographe AFM 111.35, éditée partiellement dans AAA p. 238

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