Prezado Senhor,
Sua estimada carta me traz à lembrança as tratativas que o Padre Terraillon (Étienne), pároco de Amplepuis, tinha empreendido para ter um estabelecimento, não de dois Irmãos nem apenas de três, pois o município dAmplepuis deve ter quatrocentos alunos, ou pelo menos trezentos freqüentando de maneira contínua a escola.
Dois Irmãos seriam portanto muito insuficientes, só poderiam cair em estafa. Penso que o novo pároco se dará conta, de imediato, da observação que lhe faço.
A nossa firme determinação é de não abrir nenhum estabelecimento que não tenha bases sólidas, pois é disto que depende o bom resultado da fundação.
Aguardemos a chegada do senhor Pároco; quem sabe, preferirá ele os Irmãos das Escolas Cristãs. Em todo caso, ficamos imensamente gratos ao senhor Prefeito De Pomey pelo interesse que tem por nós. Queira ele considerar-me seu mui humilde e respeitorso servidor,
Champagnat
sup. I. M.
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Notas
O prefeito De Pomey pede Irmãos para uma escola importante. Ela teria 300 para 400 alunos, contingente muito alto para nossos Irmãozinhos. É mais própria uma tal escola para os Irmãos das Escolas Cristãs.
Reparar no plural majestático do final da carta. (cf. mais adiante nas Cartas de nos 133, 138 e 187, a seqüência das negociações com Amplepuis.
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Daprès la minute, AFM, RCLA 1, p. 45, nº 42