Carta de Marcelino – 041: Monsieur Jacques Ardaillon

Ao senhor pároco de Chavanay,

Senhor pároco, é impossível deixar que sua escola continue funcionando como está. O prefeito não se contenta de explorar nossos Irmãos, quer fixando a mensalidade dos alunos muito baixa, quer obrigando-os a ter um número exagerado de pobres. Tenta ainda transviar nossos Irmãos, incentivando-os a largaram a batina, que assim serão os homens mais felizes do mundo.

Foi a razão que levou o Irmão Dominique a me pedir sua transferência de Chavanay.

Veja lá, senhor pároco, o que pode fazer. Esta perseguição contra os Irmãos só foi desencadeada contra eles por sua causa, conseqüentemente contra mim também.

Estamos pensando que para livrar-nos da tirania desse homem, precisamos fazer de nossa escola uma escola particular. Foi este o conselho que o Padre Dupuis me deu, pouco depois da visita que fez ao estabelecimento.

Veja, senhor pároco, se pode fazer alguma coisa. Caso contrário, estamos resolvidos a retirar nossos Irmãos. Já consultei o Padre Cholleton a respeito desse assunto…

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Notas

O conteúdo desta carta nos revela que o pároco e o prefeito de Chavanay entraram em choque, por divergirem no ponto de vista político. Para fazer pirraça ao pároco, segundo pensa o Padre Champagnat, o prefeito hostilizava os Irmãos.

Solução proposta: Privatizar a escola; se não, os Irmãos sairiam de Chavanay.

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Daprès la minute, AFM, 132.1, p. 29 et une note, AFM, 132.1, p. 34

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