Senhor Padre Douillet,
Não vejo porque estaríamos causando, outra vez, transtornos na cozinha de La Côte. Em todos os nossos estabelecimentos, são os Irmãos que devem cozinhar. Por que abrir exceção para os de La Côte-Saint-André? A ocasião que o senhor encontrou é sem precedentes. Eu creio – e comigo estão de acordo os Irmãos que consultei – que não devemos concordar com isso, pois não será possível continuar assim.
O senhor sabe que nossas escolas são numerosas. Sabe também que nossos Irmãos não gostam muito de cozinhar. Se permitirmos que este encargo seja entregue a alguém estranho à comunidade, nenhum Irmão vai querer cozinhar. É esta a razão principal, além de muitas outras que deixo de mencionar. Se o moço tem todas as qualidades requeridas para ser Irmão, que entre na casa como noviço e, enquanto se prepara, que dê uma mãozinha na cozinha. É decisão dos Irmãos que consultei expressamente para o caso.
Estamos na impossibilidade de fundar novos estabelecimentos. Peço-lhe que diga a…
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Notas
O Padre Douillet era muito zeloso pela obra das vocações, mas queria fazer as coisas do jeito dele.
Entrou em entendimento com um jovem vocacionado ao qual propôs como estágio, servir de cozinheiro dos Irmãos. Champagnat não aceita introduzir na cozinha alguém estranho à comunidade. Ser cozinheiro era tarefa reservada ao Irmão mais jovem.
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Daprès la minute AFM, 132.1, p. 25