Carta de Marcelino – 028: Monseigneur Alexandre Raymond Devie, Evêque de Belley

Atrasei-me um pouco em responder a V. Excia., porque julguei que o Padre Colin lhe desse a conhecer, nesse meio tempo, a carta que escrevi a respeito do estabelecimento de Maison Blanche.

Tenho uma simpatia cada vez maior para com esta obra que, se bem examinada, não fica fora do meu objetivo, pois diz respeito à educação dos pobres. Portanto, senhor Bispo, envidarei de bom coração todos os esforços para favorecer o zelo de V. Excia., uma vez que se dignou pensar em minha pessoa.

Voltando de Belley, falei com o Padre Gardette a respeito de estabelecimento que estava para abrir. Ele me fez ver que seria melhor esperar o regresso do Padre Cholleton, tendo em vista também que os meses de agosto e setembro são, naquelas regiões, épocas desfavoráveis à saúde.

Estou tendo bastante dificuldade para transferir o Irmão que pretendo enviar-lhe. Está numa escola muito importante que teve várias trocas esse ano e algumas ainda recentes. Eu sei que o senhor Pároco faz muita questão do Irmão.

Nossos Irmãos acabam de chegar na casa mãe; eles vêm gozar as férias juntos e fazer o retiro espiritual.

Os gastos com essas viagens sobem demais; nossas férias começam no dia 15 de setembro e vão até 15 de outubro.

Por isso, rogo-lhe, senhor Bispo, que espere mais um pouco, então poderei colocar à sua disposição Irmãos competentes. Não acho que o Padre Cholleton tenha objeção ao que estamos combinando.

A idéia da ordem terceira, do Padre Colin, me grada muito. Creio que, nos termos em que V. Excia. a concebe, terá resultado positivo.

Poderei ir a Maximieux por volta de quinze ou dezesseis de outubro. Mais tarde, poderei dizer-lhe o dia exato.

Receba V. Excia. meus sentimentos de respeito com que tenho a honra de ser seu submisso servidor.

_____________

Notas

Dom Alexandre pediu ao Padre Champagnat Irmãos que se encarregassem de uma das escolas ou fazendas modelo da diocese de Belley. Na viagem que o Padre fez a Belley, por volta de seis de julho de 1833, (Cf. Livro de contas 1, p.64), acertou com o bispo mandar Irmãos à escola de Bresse, no final do verão. Mas, nesta carta que escreve depois do parecer do Padre Gardette, faz observar que precisa esperar um pouco, a fim de conseguir a autorização do Padre Cholleton, Vigário Geral de Lião. Expõe também outras dificuldades que precisará superar.

Durante este compasso de espera, a escola esteve por conta do Padre Granjard, que não soube (ou não pôde) controlar as finanças e a escola sossobrou. Os Irmãos não foram para Bresse.

_____________

Daprès la minute autographe, AFM 113.22; éditée dans OM 273

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima
This site is registered on wpml.org as a development site. Switch to a production site key to remove this banner.