Belley, 7 de fevereiro de 1837.
Encontrareis, meu querido senhor, anexa à presente, uma letra de câmbio de 400 francos em favor do noviciado, pelo quarto Irmão que nos enviastes.
Os padres de La Croix e Depéry tiveram muito empenho em procurar a vossa documentação no Ministério do Interior, a fim de apressar a autorização da vossa congregação. Ainda não a encontraram, mas um chefe de repartição prometeu nada negligenciar para descobri-la. Disse-lhes ao mesmo tempo que, como se tratava de nova ordem religiosa, seria necessária uma lei das duas câmaras. Vede se algo semelhante vos disseram em Paris. Parece-me que sempre se tratou de simples ordem executiva.
Gostaria de saber também se entre a vossa documentação consta uma doação feita à vossa congregação, à casa de lHermitage, porque desejaria fazer aprovar ao mesmo tempo a doação da casa de St. Didier, com cerca de 40 mil francos de capital. Mantende-me informado do que se passar com a vossa casa, que eu vos direi tudo o que os nossos procuradores me confirmarem no seu retorno, que será para logo mais.
Estou muito contente com o que se passa em St. Didier. A escola é muito numerosa. Recebei a certeza do meu sincero interesse.
ALEXANDRE, bispo de Belley.
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Notas
Por causa do grande número de alunos em St. Didier, que já eram 260 no primeiro ano de funcionamento, o Pe. Champagnat tinha anunciado que seria necessário colocar um quarto Irmão na comunidade, o que implicaria a cobrança de um salário a mais (Lettres, doc. 75). D. Alexandre Devie, bispo de Belley, que era o administrador do legado de 72.000 francos que a condessa de la Poype havia entregue para o funcionamento da escola (Carta nº 107), respondeu ao Pe. Champagnat com este texto. Além de anunciar o pagamento devido, ele dá informações sobre algumas diligências realizadas em Paris por parte do Pe. Depéry, secretário da diocese, em favor da legalização do Instituto.
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AFM 128.02
