Belley, 4 de janeiro de 1839.
Ao Pe. Champagnat:
Meu caro padre, venho juntar as minhas instâncias às do pároco de Nantua para obter uma escola dos vossos Irmãos na paróquia dele, se for possível. Sinto como vós que cumpre efetuar escolha séria para lugar tão importante, mas acho também que tal posição seria vantajosa para o vosso Instituto.
Não sei em que situação estais quanto à aprovação dos Irmãos; mas, se nada avança, aconselho-vos que viajeis a Paris e que apresenteis os estatutos do sr. de Lamennais. Andareis mais rápida e seguramente. Aconselho-vos a viagem, porque vereis as coisas por vós próprio e estareis menos exposto a novos entraves.
Contai com a segurança da minha sincera afeição.
+ ALEXANDRE RAYMOND, bispo de Belley.
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Notas
O bispo de Belley aconselha o Pe. Champagnat a fazer nova tentativa para a aprovação do Instituto, apresentando estatutos iguais ao de alguma Congregação já aprovada. Tal procedimento não interessava ao Fundador. Ele escreeveu: “Deus sabe o que nos convém; no devido tempo, ele nos atenderá; um pouco de espera não nos será prejudicial” (Lettres, doc. 197). Outro tema desta carta é a renovação do pedido de Irmãos para a escola de Nantua. Em carta anterior, ele já tinha apoiado o pedido do pároco local (Carta nº 133). O Pe. Champagnat, respondendo à solicitação, demonstrou interesse e prometeu enviar Irmãos em novembro de 1838 (Lettres, doc. 147); mas surgiram dificuldades que retardaram as coisas e os Irmãos puderam ir a Nantua apenas em novembro de 1840. Mais adiante teremos duas cartas do pároco, em que pressiona o Pe. Champagnat a cumprir a promessa feita (Cartas nº 154 e 204).
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AFM 128.10
